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A NINGUÉM DEVEIS COISA ALGUMA

A Bíblia, por ser a Palavra de Deus, é sábia em todo o tempo e em cada detalhe. Cada história, cada descrição, cada relato, cada diálogo está nela presente porque Deus quer falar conosco. Nela encontramos o caminho, a verdade e a vida: Jesus Cristo.
Em seu texto encontramos preceitos de ética e moral, ensinamentos sobre o amor, sobre relação interpessoal, sobre comércio, princípios sobre relações trabalhistas e principalmente: um roteiro claro para a nossa salvação.
Encontramos nas escrituras muitos princípios que, embora não estejam diretamente ligados a nossa salvação, podem nos servir de norte para mantermos, aqui na terra, uma vida mais tranquila e em paz.
O princípio da alimentação saudável baseada em frutas e legumes, contido nas recomendações alimentares do livro de Levítico, por exemplo, embora não seja ponto de salvação (ninguém será salvo ou deixará de sê-lo por comer ou não verduras), é um princípio que pode nos orientar a buscar uma alimentação equilibrada e assim nos poupar de transtornos de saúde.

Equilíbrio financeiro

Outro princípio que encontramos nas escrituras, que, embora também não seja ponto de salvação, considero muito importante, é o princípio do equilíbrio financeiro. Infelizmente muitos irmãos passam desapercebidos pelos textos bíblicos que tratam de tal princípio e, vez por outra, se colocam em situação embaraçosa.
Dt. 28.12
No capítulo 28 do livro Deuteronômio Deus fala sobre as bênçãos que viriam sobre o povo hebreu se eles cumprissem Seus mandamentos, e sobre as maldições que viriam sobre eles, caso não cumprissem. Dentre as diversas bênçãos, no versículo 12 Deus diz: “... emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado.” (Dt. 28.12). Porém, ao descrever as maldições que adviriam sobre Seu povo, caso ele não cumprisse Seus mandamentos Deus diz no versículo 43: “O estrangeiro que está no meio de ti se elevará mais e mais, e tu mais e mais descerás. Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe emprestarás a ele; ele será por cabeça, e tu serás por cauda”. (Dt. 28.43).
Percebemos que para o Senhor, não precisar pedir empréstimo é uma benção, pedir é maldição. Se compreendemos que Cristo veio para nos dar vida e vida em abundância (Jo.10.10) por que insistimos em viver envolto em dívidas de cartão de crédito, cheque-especial, financeiras etc.?
É bom termos em mente que fazer compra em cartão de crédito ou no cheque especial é utilizar um dinheiro que não temos, portanto é um empréstimo.
Se analisarmos cuidadosamente, o comportamento que, na maioria das vezes, leva o cristão a fazer uma compra no cartão de crédito, usar o limite do cheque especial ou pedir empréstimo a uma financeira está baseado em dois pilares: a falta de confiança na providência divina que, segundo as riquezas de Deus, suprirá todas as nossas necessidades (Fp. 4.19) e a concupiscência da carne e dos olhos e a soberba da vida (1Jo.2.16), pois desejamos ter aquilo que no momento não podemos e com isso recorremos ao empréstimo.
O escritor de Hebreus nos recomenda a contentarmo-nos com as coisas que temos, porque Jesus disse que de maneira nenhuma nos deixará nem nos abandonará (Hb.13.5) e o apóstolo Paulo nos recomenda a não dever coisa alguma a ninguém, a não ser o amor que devemos uns aos outros (Rm. 13.8).

O consumismo

Irmãos, bem sabemos que o Diabo anda ao redor buscando alguém a quem possa devorar (1Pe.5.8) e uma das suas estratégias é o apelo ao consumo desenfreado. Atendendo aos interesses do capital (instrumento poderoso do inimigo para destruir a humanidade) as indústrias lançam constantemente novos produtos.
São novos modelos de celular, computadores mais rápidos e potentes, carros com maior aerodinâmica, roupas mais sofisticadas, eletrodomésticos mais “inteligentes” e uma infinidade de produtos “revolucionários” que se sucedem nas vitrines e nas prateleiras numa frequência quase frenética que desnorteiam as pessoas e tiram das mentes menos avisadas a capacidade de uma análise crítica da realidade.
As empresas de marketing usam de estratégias múltiplas e buscam até mesmo o estudo cientifico das reações celebrais a estímulos externos para criar na sociedade e nos indivíduos necessidades que na verdade eles não tem e, com isso, gerar o consumo.

Tenhamos, pois, em mente as palavras de Cristo que nos recomendou a guardarmos nosso tesouro no céu...

Envoltos nessa trama maquiavélica do consumo pelo consumo, vejo muitos irmãos gastarem seus dias e perderem suas noites de sono lutando em um emaranhado de dívidas, se equilibrando em uma constante corda bamba porque resolveram trocar a geladeira que, embora velhinha, ainda gelava bem (afinal não é para isso que ela serve?), optaram por trocar o carro por um mais novo, mesmo sabendo que o velho também os levariam aos mesmos lugares, desejaram aquela roupa, ou aquele celular novo apenas para que outras pessoas os vejam “na moda”.
É evidente que situações emergenciais podem sim nos levar a condição indesejável de recorrermos a algum tipo de empréstimo; um acidente, uma doença, um prejuízo não calculado, pode nos levar a tal situação, mas se não é esse o caso, por que não optamos por seguir o que a Palavra de Deus nos recomenda e nos contentamos com o que Deus reservou para nós? Por que optarmos por sermos igual ao mundo e mergulharmos no universo ilusório da ganância?
Aqueles que não conseguem se controlar e baseiam suas vidas em possuir e consumir, mesmo extrapolando suas reais condições financeiras, devem ficar atentos ao alerta de Habacuque capítulo 2, versículos 6 e 7 que diz: “Ai daquele que acumula o que não é seu (até quando?), e daquele que a si mesmo se carrega de penhores! Não se levantarão de repente os teus credores? E não despertarão o que te hão de abalar? Tu lhe servirás de despojo.” (Hc. 2.6-7).
Tenhamos, pois, em mente as palavras de Cristo que nos recomendou a guardarmos nosso tesouro no céu (Mt. 6.20) pois é apenas esse que estará conosco por toda a eternidade, e dessa forma estaremos no caminho certo de vivermos nossa vida, ainda neste mundo, em serenidade e paz, não a paz como o mundo nos dá, mas a verdadeira paz que Cristo nos proporciona (Jo. 14.27).

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