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NOSSOS OLHOS

Todos sabemos que a visão, juntamente com a audição, são dois dos sentidos que mais contribuem para que conheçamos o mundo ao nosso redor. Quando perdemos um desses sentidos nossa interação com o mundo fica comprometida e o nosso corpo é obrigado a fazer compensações na tentativa de minimizar os prejuízos.
Os recentes estudos da Neurociência demonstram que a experiência visual tem tamanha importância para a vida do seu humano que este sentido ocupa, em nosso cérebro, uma área maior do que a reservada aos demais sentidos.
Os estudiosos do cérebro humano também revelam que não nascemos, como se pensava anteriormente, com a habilidade de enxergar pronta, ou seja, mesmo que tenhamos nossos órgãos visuais em perfeito estado, ao nascermos precisamos “aprender” a enxergar, e esse aprendizado se dá, inconscientemente, em contato com a família.

A importância espiritual dos nossos olhos

Mt. 5.29
Porém, a visão não é importante apenas para a interação do homem com o mundo físico em que vivemos, mas tem também influência direta em nosso relacionamento com Deus e, da mesma forma que na visão física, precisamos aprender a enxergar de um patamar espiritual.
Encontramos no evangelho de Lucas o sábio ensinamento do Senhor a esse respeito, quando o Mestre diz: “São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas. Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas. Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz. ” (Lc. 11.34-36).
Percebamos que o Senhor Jesus chama os nossos olhos de lâmpada do corpo, ou seja, deles dependem o estado geral em que nos encontraremos, se estaremos em trevas ou em luz. Notemos também que o Senhor não diz que, se nossos olhos forem maus, apenas ficaremos sem luz, Ele é categórico em nos afirmar que, em nossos olhos sendo maus, nossa luz serão trevas, ou seja, na verdade espiritual não existe meio termo, ou é bom ou é mal, ou é pecado ou não é, não existe meio pecado.

Os olhos de Eva

Quando Eva comeu do fruto proibido no Jardim do Éden, não foi apenas a retórica da serpente que a convenceu, mas também o fato de que ela desejou o fruto com os olhos (Gn. 3.6). O apóstolo João afirma também que a concupiscência dos olhos não provém de Deus, mas do mundo (1Jo. 2.16).
De fato, a forma como enxergamos e em que dedicamos a nossa atenção são as causas de grande parte dos pecados que cometemos. É difícil desejarmos ou invejarmos aquilo que não vemos.
Acã quando a viu a capa babilônica entre os despojos do inimigo a desejou e, por isso, cometeu o pecado de leva-la consigo (Js. 7. 1-26). Davi, se não tivesse visto Bate-Seba se banhar, provavelmente, não teria cometido os pecados do adultério e do assassinato (2Sm. 11).
É importante lembrar que o sentido da visão não se resume aos olhos, estes são apenas os órgãos por onde entram os estímulos luminosos que chegam ao nosso cérebro, mas a experiência visual é um processo complexo que envolve, além dos olhos, regiões cerebrais como o lobo parietal e o lobo occipital, portanto as imagens mentais que desenvolvemos, normalmente, também estão relacionadas ao sentido da visão.

Portanto, irmãos, precisamos educar a nossa visão para que nos dediquemos a enxergar a Cristo e abandonemos a concupiscência dos olhos.

Jesus, fala sobre imagens mentais quando diz: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. ” (Mt. 5. 27-28) e completa o ensinamento se referindo à seriedade com que devemos tratar o controle de nossos olhos quando diz: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. ” (Mt. 5.29)
Portanto, irmãos, precisamos educar a nossa visão para que nos dediquemos a enxergar a Cristo e abandonemos a concupiscência dos olhos.
Para isso é necessário buscarmos sempre a comunhão com o Senhor por meio do estudo e da prática de Sua Palavra que é pura e ilumina os olhos (Sl. 19.8), clamando a Deus que nos permita contemplar as maravilhas da Sua Lei (Sl. 119.18) e que nossos olhos não vejam a vaidade (Sl. 119.37), mas que nos esforcemos a eleva-los continuamente ao Senhor (Sl. 25.15), fixando nossa atenção em Sua benignidade e andando em Sua verdade (Sl. 26.3), fazendo assim, nossos olhos serão bons e em todo o nosso resplandecerá a luz de Deus.

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Comentários

  1. Verdade irmão... Como de diz popularmente: "os olhos são as janelas da alma."
    E tudo que por ele entra reflete diretamente em nossos pensamentos, impregna nossa mente, nossos corações.
    É necessário sim vigiar e selecionar tudo aquilo que vemos, para que nossos olhos sejam as janelas das boas e edificantes mensagens. Urge que procuremos identificar o que é saudável, leituras, filmes, programas de TV, mensagens de uma forma geral, que nos tragam elevação de pensamento, ideias sadias que nos ajudem a edificar nossos vidas e levarmos o nosso dia a dia com a mente voltada para o bem, o amor, a paz interior.
    Pois o pensamento, tudo que guardamos em nossa mente, especialmente pela visão, é força de atração, que a própria ciência em seus estudos provou ser. Primeiro passo para a construção do mundo ao nosso redor. E esse entendimento nos leva a perceber quanta responsabilidade temos com relação ao vemos e pensamos, direcionado a nós mesmos e ao nosso próximo.
    Deus Te Abençoe e Te Mantenha Firme no Propósito.

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  2. Amém irmã, Deus continue te abençoando e te guiando em todos os passos.

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