Pular para o conteúdo principal

A NUDEZ DE ADÃO E EVA - PARTE 2

Na Primeira Parte deste estudo falamos da crença de alguns de que Adão e Eva não se viam nus porque estavam cobertos com uma espécie de roupa espiritual que lhes cobria a nudez e analisamos se Deus daria ao homem algo que lhes seria motivo de vergonha. Neste post buscaremos entender como Adão e Eva enxergavam a sua nudez.

A pureza da nudez

Precisamos compreender que Deus criou homem e mulher possuidores de livre escolha, mas sem a malícia que hoje é característica do ser humano em virtude do pecado. O corpo nu não é em si mau ou pecaminoso, assim como o sexo também não o é, o que os torna pecaminoso é a malícia humana.
A nudez criada por Deus era algo natural, bonito, e ainda é, porém, nossos olhos, cuja luz é treva (Mt. 6.23) é que tornaram essa criação divina em algo proibido, lascivo.
Movimentos naturalistas supõem poder resgatar a visão pura da nudez existente no paraíso, mas esse é um objetivo inalcançável porque nós, seres humanos, estamos contaminados pelo pecado e só após a volta do Senhor estaremos libertos dessa contaminação.
Porém, desde quando Deus criou Adão e Eva até o momento anterior ao pecado deles, ambos enxergavam sua nudez de maneira simples, como algo natural, sem a malícia imposta pelo pecado.

A inocência da criança

Mc. 10.15
Jesus, quando esteve entre nós, disse que das crianças é o reino dos céus e que quem não receber o reino de Deus como uma criança jamais entrará nele (Mc. 10.14-15), afirmou também que aquele que se humilhar (a palavra no original grego é ταπεινός – que significa humilde, modesto, comum) como uma criança é o maior no reino dos céus (Mt. 18.4). E sabemos que Jesus usou como exemplo crianças pequenas porque as tomava nos braços e abençoava (Mc. 10.16).
É evidente que Cristo não estava afirmando que nos céus só existirão crianças, mas se referia à pureza, à simplicidade, à falta de malícia que deve ser característica daqueles que irão habitar os novos céus e a nova terra (Ap. 21.1).
Sabemos que a criança com cerca de três anos de idade passa a perceber seus órgãos genitais e já identifica as diferenças entre esses órgãos nas meninas e nos meninos, e mesmo antes dessa idade já reconhece seu corpo, porém sua simplicidade e ingenuidade a faz não se preocupar com o fato de estar ou não vestida.
A criança permanece nessa fase até mais ou menos os sete anos de idade e sua observação do mundo é muito diferente da observação que tem os adultos. Provavelmente já ouvimos alguém afirmar que para criança tudo parece simples.

É evidente que Cristo não estava afirmando que nos céus só existirão crianças, mas se referia à pureza, à simplicidade, à falta de malícia que deve ser característica daqueles que irão habitar os novos céus e a nova terra

Pois bem, foi a essa simplicidade, essa naturalidade, essa ausência de malícia que Jesus se referiu quando afirmou que das crianças é o reino dos céus (Mc. 10.14), e, certamente era essa visão simples e pura que possuíam Adão e Eva antes de desobedeceram a Deus e comerem da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn.3.6).

A consequência do pecado

Ao comerem do fruto proibido seus olhos se abriram e nesse momento perceberam que estavam nus, porque o fruto do conhecimento os havia dado a conhecer isso, ou seja, até ali eles estavam nus, viam sua nudez, mas não possuíam a compreensão do que isso representava, não possuíam a visão maliciosa, que produz a vergonha, da nudez.
Da mesma forma age a criança pequena: ela vê seu corpo, percebe quando ele está nu e quando está vestido, mas na cabeça dela isso não é importante nem vergonhoso, até que atinge a maturidade neural, psicológica e cultural para absorver o conceito de que estar sem roupas todo o tempo não é socialmente aceitável.
Adão e Eva ao comerem do fruto proibido passaram a enxergar algo que lhes passava despercebido, pois encaravam de modo natural, como motivo de vergonha.
Portanto, entendemos que não houve uma perda de uma suposta capa espiritual de graça, que encobria seus corpos nus, ao comerem do fruto proibido; e sim a percepção de forma pecaminosa de sua nudez que antes da queda era vista como natural.
Aliás, essa suposta capa não é citada, nem sequer sugerida, no relato das escrituras, mas o texto é claro quando diz que, após comerem do furto proibido, perceberam sua nudez, o que denota uma mudança de visão e não a perda de uma coberta.

Adão e Eva ao comerem do fruto proibido passaram a enxergar algo que lhes passava despercebido, pois encaravam de modo natural, como motivo de vergonha.

Veja que o texto bíblico é bem claro quando quer relatar que Deus vestiu Adão e Eva de alguma forma (Gn. 3.21).
Na nossa próxima postagem do blog Preceitos de Fé continuaremos este estudo, fazendo uma análise de duas palavras utilizadas no original hebraico e que nos revelam ainda mais sobre a nudez de Adão e Eva, então até lá.

Gostou desta postagem? Comente, compartilhe, recomende. Utilize os botões abaixo para postar esse texto em sua rede social, colocar em seu blog ou enviar por e-mail para seus amigos. Ajude a divulgar a Palavra de Deus.  

Comentários

Postar um comentário

Compartilhe