Na
Primeira Parte deste estudo descobrimos por que Deus quando criou Adão e Eva os
proibiu de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal e concluímos aquela
parte fazendo uma pergunta: “Se era proibido ao homem comer da árvore do
conhecimento do bem e do mal, por que Deus a plantou no jardim? ”.
No
estudo de hoje buscarei, fundamentado na Palavra de Deus, responder a esta
indagação.
Para
responder a essa pergunta precisamos nos lembrar de alguns dos atributos
básicos do nosso Deus Criador.
Deus
é justo (Sl. 145.7) e em Sua justiça aprouve a Ele dar ao homem a liberdade de
escolha, pois, até ao momento da ordem de Deus para não comer daquela árvore, o
homem não tinha escolhas fundamentais a fazer, como poderia exercer seu direito
à livre escolha?
Porém,
Ele também é bom e nEle não há treva alguma (1Jo. 1.5), portanto Ele não criou
o mal, pois não faz parte da Sua natureza, na verdade o mal é a ausência do
bem, é o fruto sem semente, é o conhecimento, a vida, sem Deus. Por isso a
Palavra de Deus nos revela que a omissão também é pecado, também é mal (Tg.4.17).
A liberdade de escolha
Deus
colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal no jardim para dar ao homem a
liberdade de escolha, não entre o bem e o mal, mas entre obedecê-Lo ou não e,
como liberdade pressupõe entendimento, Deus explicou ao homem o motivo pelo
qual ele não deveria comer da árvore do conhecimento do bem e do mal: “no dia
em que dela comeres, certamente morrerás. ” (Gn. 2.17).
Aquela
árvore não trazia o mal dentro dela, nem o ato de comer de seu fruto, por si
só, era um mal, na desobediência à vontade do Senhor residia o problema.
... em Sua justiça aprouve a Ele dar ao homem a liberdade de escolha, pois, até ao momento da ordem de Deus para não comer daquela árvore, o homem não tinha escolhas fundamentais a fazer,
O
fruto, de fato, os faria abrir os olhos para a distinção entre o bem, com o
qual conviviam diretamente, e o mal surgido no primeiro ato pecaminoso de
Lúcifer (Is. 14. 12-14), ou seja, na prática o fruto os faria abrir os olhos
para a existência do mal trazido por Satanás e lhes daria acesso a ele. E com
isso viria a separação de Deus, e nessa ausência reside a morte, não apenas a
física, mas a morte total.
Quando
a serpente se insinuou para Eva e a convenceu a comer do fruto proibido ela
usou o argumento de que aquela árvore lhes faria obter conhecimento para serem
iguais a Deus (Gn. 3.5), o mesmo tipo de pensamento que a fez cair do céu (Is.14.15), pois a serpente era Satanás. O inimigo fez o primeiro casal cometer o
mesmo erro que ele mesmo cometera.
O fruto, de fato, os faria abrir os olhos para a distinção entre o bem, com o qual conviviam diretamente, e o mal surgido no primeiro ato pecaminoso de Lúcifer
Deus,
assim como viria a fazer mais tarde com o povo de Israel (Dt. 30.19), ofereceu
ao homem a possibilidade de escolha entre a vida e a morte, pois o homem
poderia ter comido da árvore da vida e passado a viver eternamente, mas este
preferiu desobedecer a Deus, mesmo sabendo que essa desobediência lhe causaria
a morte (Gn. 2.17).
A justiça e a misericórdia
Deus
da mesma forma que havia sido justo com o homem ao lhe dar a liberdade de
escolha e o conhecimento necessário para executa-la, permaneceu em sua justiça
ao expulsa-los do paraíso, pois a perfeição do paraíso e a natureza sublime de
Deus não poderiam coabitar com a maldade do pecado, afinal dois não andam
juntos se não houver comunhão entre eles (Am. 3.3) e a luz não tem comunhão com
as trevas, Deus não tem acordo com o pecado.
Porém
a expulsão do primeiro casal do jardim do éden não foi apenas um ato de justiça
de Deus, mas também de misericórdia.
Deus da mesma forma que havia sido justo com o homem ao lhe dar a liberdade de escolha e o conhecimento necessário para executa-la, permaneceu em sua justiça ao expulsa-los do paraíso
Quando
o Senhor expulsa Adão e Eva do Éden Ele diz: “Eis que o homem se tornou como um
de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também
da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. ” (Gn. 3.22). Nesse momento Deus
estava evitando que o homem comesse do fruto da árvore da vida e tornasse seu
pecado e seu sofrimento eterno.
Veja,
se o homem após pecar tomasse do fruto da vida ele tornaria sua situação
decadente e todo o processo de deterioração que surgiu após o pecado (Gn.3.17-18) permanente, eternos. E como conciliar a morte com a vida?
Na
Última Parte desse estudo buscaremos compreender melhor essa ação do Senhor que
traz em seu bojo, ao mesmo tempo, justiça e misericórdia. Então até lá.
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